Está ficando claro que esta pandemia não é apenas uma fase. Embora tenhamos conseguido visitar aqui e ali em pequenos grupos e seguir rotinas com distanciamento social, as pessoas ainda estão sofrendo. Esse sofrimento assume muitas formas, como pobreza, solidão, doença mental e, claro, doença física.
Então, temos muito o que fazer. Deus nos capacita a ter sensibilidade, cuidado e amor por nossos vizinhos de forma prática e espiritual. E onde o sofrimento está além da nossa ajuda, oramos por um milagre.
No início deste ano, Jay, um de nossos membros, precisava de um milagre:
Eu fui infectado pela COVID-19 em março após uma reunião de oração. Oito de nós da conferência testamos positivo, e quatro tiveram de ser ficar em quarentena na UTI. Infelizmente, apenas três conseguiram sair do hospital.
Fiz o teste para COVID-19 porque minha esposa é uma profissional de saúde na linha de frente. Após a conferência, eu dirigi nosso culto de domingo normalmente. Na terça-feira, eu comecei a tossir e tive um pouco de febre. Fiquei em casa na quarta-feira pensando que estava resfriado. Na quinta-feira de manhã, nosso médico de família me ligou e me disse que eu havia testado positivo e precisaria ir ao hospital imediatamente.
Durante o trajeto de carro, de repente senti como se estivesse morrendo - mal conseguia respirar. Consegui ligar para minha esposa para dizer que não sabia se voltaria do hospital naquela noite ou na manhã seguinte. De alguma forma, entrei pela porta e fui ao pronto-socorro. A enfermeira que mediu minha temperatura voltou em dois minutos para me informar que iam me internar imediatamente e me ajudou a subir em uma maca.
Minha próxima lembrança é acordar em um quarto de hospital. Tinha dois soros nos braços, tubos de oxigênio no nariz e dor na garganta. Quando me virei, vi uma enfermeira parada ao meu lado.
“Uau, tanta coisa aconteceu em 24 horas!" Ela sorriu para mim e disse: "Senhor, você não está aqui há 24 horas. Você está aqui há 24 dias. Você esteve em um coma induzido." Comecei a discutir com ela, pois isso não parecia possível. "Eu sei que você está brincando. Não é engraçado brincar assim.."
"Eu não vou discutir com você." A enfermeira gentilmente colocou a mão no meu ombro. “Este é o seu 25º dia aqui. É verdade - você ficou em coma por 25 dias. Foi uma luta trazê-lo de volta à vida. Na verdade, tentamos desentubá-lo quatro vezes!”
Ela explicou como aconteceu. No dia anterior, o médico havia tentando me desentubar uma última vez senão eles teriam de me levar a um hospital maior com mais recursos. Isso significaria me tirar do coma em uma ambulância. Nos 32 minutos de uma cama para outra, eu poderia não ter sobrevivido, porque não haveria oxigênio ou instrumentos mecânicos para me manter vivo.
Mas no 24º dia, meus números começaram a mudar milagrosamente. Minha diálise estava mudando... meu oxigênio estava mudando. Os médicos não sabiam explicar o que estava acontecendo.
Depois de ouvir isso, eu disse aos médicos: “Este milagre aconteceu por causa da oração e da fé - por causa dAquele que morreu e ressuscitou e está voltando. Por causa de Sua bondade e misericórdia.”
Mais tarde, fui liberado da UTI para uma unidade normal. A entubação causou três efeitos colaterais importantes. Primeiro, eu mal podia falar. Segundo, tive problemas com minha língua. Terceiro, perdi a capacidade de andar. Eu só ficava num quarto com uma cama, uma janela, e meu celular, clamando a Deus. Eu gritei em minha cabeça: “Senhor, eu não quero sentar e orar, eu quero me levantar e orar! Me dê uma chance de me levantar! ”
Deus me disse: “Comece a ler a Palavra. Eu falo ao meu povo através da minha Palavra. Não se preocupe, continue lendo a Bíblia.”
Daquele dia em diante, eu orava: “Senhor, eu quero andar! Quero caminhar até o púlpito, quero caminhar e orar, quero ir de costa a costa no Canadá, orando pelas pessoas.” E Ele me deu uma resposta muito clara.
Eu O ouvi dizer: “Eu tenho um plano e um propósito para sua vida. Seja compartilhar as Escrituras, seja falar com as pessoas sobre a minha Palavra, essa é a sua tarefa antes de vir para o céu. Eu te mandei de volta para fazer minha obra – tarefas ainda inacabadas. Você tem de completar o dever de casa, e eu te chamarei para casa depois disso."
Meu filho Japheth orou muito enquanto eu estava em coma. Ele costumava dizer: "Mamãe, não se preocupe, papai está voltando para casa." Li centenas e centenas de mensagens de pessoas dizendo que estavam orando por mim. Pessoas do ShareWord em todo o Canadá estavam orando. Eu não conheço esse povo de Deus, mas sei que eles são a Igreja viva.
Por causa das orações deles – suas orações – hoje eu estou de pé, pelo poder de Deus e pela oração de Seu povo. Disso tenho certeza: a COVID-19 não é nossa batalha. É uma batalha de Deus. Sua Palavra diz que "a batalha não é sua" (2 Crônicas 20:15) e "Não o deixarei nem o abandonarei" (Josué 1:5). E pela Sua Palavra, estou vivendo, respirando, andando e crescendo. Essa é a minha história! Mas não posso chamá-la de minha; é a história Dele. É por Sua maravilhosa graça, por Sua mão, que Ele devolveu minha vida para completar meu dever de casa. —Jay (Parafraseado)